Derrida nos fala que a relação com o amigo é sempre um cogito do adeus, um cumprimento sem retorno. Desde a primeira saudação, temos a certeza de que um dos dois morrerá e o outro deverá recordá-lo em um diálogo que continua no super vivente. Cada vez e singularmente, a morte não é nada menos que um fim do mundo. Ao que fica, lhe toca a tremenda responsabilidade de levar o mundo do outro, um universo singular e único. Agora interiorizado como mais um conteúdo da sua existência, parte do seu si mesmo.
O sobrevivente está só, em um mundo fora e privado do mundo daquele que outrora fora um mundo particular. Para Derrida a vida é um diálogo com fantasmas e a morte do outro confirma a nossa própria condição fantasmagórica e de comunidade. Comunidade dos amigos, comunidade dos mortais...
Claudia Martins
O sobrevivente está só, em um mundo fora e privado do mundo daquele que outrora fora um mundo particular. Para Derrida a vida é um diálogo com fantasmas e a morte do outro confirma a nossa própria condição fantasmagórica e de comunidade. Comunidade dos amigos, comunidade dos mortais...
Claudia Martins