domingo, 29 de novembro de 2009

Filosofar - O delírio do pensamento


Filosofia, poderíamos defini-la como o espaço, por excelência e direito, do amor e da paixão, entretanto essa designação seria por demais rotineira, apesar de bela. Assim definiremos a filosofia como o delírio do pensamento. O ser quando mergulha nas idéias é tomado de uma experiência avassaladora, imponderável, única e de uma urgência tal que arriscaria dizer que somente a partir dela se faz mais ser.
Quando o ente é arrancado de sua banalidade, da primordial bestialidade que veste o gênero humano e é impulsionado pela força do pensamento, ele difere-se da massa, do rebanho, ele faz filosofia. Diferentemente dos outros, esse ente produz idéias, conceitos, interrogações, desta forma tira o pensamento de um estado de passividade e lança-o a um torvelinho inesgotável. Portanto o filosofar é um exercício constante , interminável e transformador.
Doses filosóficas, overdoses de pensamentos, injeções de idéias são os remédios para nosso tempo tão líquido, tão fluido. Hoje, não mais do que sempre, o homo sapiens precisa da filosofia, de seu olhar singular sobre as coisas, sobre o mundo e principalmente sobre si e o outro. Daí a sua urgência, afinal o homem se faz com e pelo pensamento ou através do delírio desse.

Claudia Carla Martins

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