Venha sentar comigo à margem do rio
Observemos o seu fluir
A água passa
E a vida também
A vida é engolida pelo tempo
Absurdo tempo estanque e fluido.
Veja como o rio corre
E a chama da vela num manso queimar
Apaga-se
Sinta como o outono se aproxima
Acarinha nossos cabelos
E sussurra eternidades
Ou passamento.
Olhe como é belo o branco lírio que vive doutro lado da margem
Ele também é passamento.
Gárgula Vergel
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