sábado, 5 de dezembro de 2009

Passamentos


Venha sentar comigo à margem do rio
Observemos o seu fluir
A água passa

E a vida também

A vida é engolida pelo tempo

Absurdo tempo estanque e fluido.

Veja como o rio corre

E a chama da vela num manso queimar

Apaga-se

Sinta como o outono se aproxima
Acarinha nossos cabelos

E sussurra eternidades

Ou passamento.


Olhe como é belo o branco lírio que vive doutro lado da margem

Ele também é passamento.

Gárgula Vergel

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